Nada foi o mesmo.

Duas verdades dolorosas: a primeira é que eu ainda gosto muito de você.
A segunda é que eu queria que nós voltássemos .

Mas por mais que meu coração anseie por sua presença e tudo aqui ainda me faça lembrar de você, já aviso que não irei correr atrás.

 Não vou te adicionar novamente, não vou te ligar, não vou cultivar falsas esperanças e jamais iria dizer sim caso você pedisse para eu me esquecer de tudo o que passou.
O que eu sinto agora?

 É passageiro e uma hora irá embora.
Porque a nós não iremos voltar.

Mesmo se tudo aquilo que passou voltasse num instante,
Se eu tivesse essa oportunidade, não se armaria** a tola por você, não gastaria uma viagem ao passado com esperanças infundadas de que iremos ficar bem – nós não iríamos.

Porque mesmo se você fosse a pessoa mais altruísta e empática de todas, o mestre do entendimento e o mais bom, apenas não importaria, porque tudo o que aconteceu já aconteceu e, se você colocou um ponto final, não vou me esforçar para transformá-lo em vírgula.

Tenho um futuro inteiro pela frente e não mereço me acorrentar a momentos bons que precederam uma angústia desmedida ao meu lado. 

Você olhou pra lá, eu para cá e não tornarei a cruzar a mesma esquina que você.
O que os últimos acontecimentos trouxeram foi bem maior do que uma ruptura na nossa relação. 

Por um lado, posso ainda sofrer, mas, por outro, acho até bom. 

Mesmo que eu não sorria, que doa e que, por enquanto, todo o meu corpo clame por um abraço seu, sei que é momentâneo vai passar.
Mas o que eu aprendi é que com o cérebro continua tudo certo, pelo menos por aqui. 

E como é ele quem comanda o resto, mesmo com os impulsos involuntários dos sentimentos, me faço ir cada vez mais para longe de você.
Aqui só tem futuro e, desde que você optou pela distância, é apenas isso o que você terá de mim.